Vamos ser sinceros: quem viveu a era de ouro dos videogames sente uma saudade danada da simplicidade daquela época. Ligar o console, escolher o cartucho e, em segundos, estar imerso em um mundo de pixels e desafios. Hoje, entre downloads demorados e atualizações constantes, essa magia às vezes se perde. Foi pensando nisso que decidi testar o Videogame Stick, um aparelhinho que promete resgatar exatamente essa sensação. Ele chega com a promessa de milhares de jogos na memória e uma instalação que se resume a “plugar e jogar”. As avaliações online são muito positivas, mas será que na prática ele entrega tudo isso? Eu passei as últimas semanas com ele conectado na minha TV para descobrir.
O público-alvo aqui é claro: é para você que quer apresentar para seus filhos os jogos que marcaram sua infância, ou para quem quer reunir os amigos em casa e reviver as disputas de Street Fighter sem precisar de um computador ou de configurações complicadas. É para quem valoriza a diversão imediata acima de gráficos de última geração. A ideia de ter um fliperama inteiro dentro de um dispositivo do tamanho de um pen drive é, no mínimo, muito atraente.
O que diz o fabricante?
A proposta oficial do Videogame Stick é ser a solução definitiva e mais simples para o acesso a jogos retrô. A empresa destaca que o aparelho vem com um sistema integrado que emula diversos consoles clássicos, desde os mais antigos de 8-bits até alguns títulos do primeiro PlayStation. A promessa é de uma experiência fluida, com saída de vídeo em alta definição (até 4K, dependendo da TV) para que os jogos antigos fiquem nítidos em telas modernas. Além disso, a inclusão de dois controles sem fio elimina a bagunça de cabos e permite que a diversão comece assim que o produto sai da caixa.
- Biblioteca Massiva: Mais de 10.000 jogos pré-instalados na memória.
- Múltiplos Emuladores: Suporte para jogos de consoles como Super Nintendo, Mega Drive, Game Boy, Fliperama (MAME) e PlayStation 1.
- Conexão Simples: Basta conectar o stick na porta HDMI da TV e um cabo USB para alimentação.
- Controles Sem Fio: Acompanha dois controles de 2.4GHz para uma experiência multiplayer sem fios.
- Função de Busca e Favoritos: Permite pesquisar jogos por nome e salvar seus preferidos em uma lista de acesso rápido.
- Salvar Progresso: Sistema de “save state” que permite salvar o jogo em qualquer ponto e continuar depois.
- Saída de Alta Definição: Compatível com TVs 4K, fazendo o upscaling da imagem para melhor visualização.
O que dizem os compradores?
Ao pesquisar a opinião de quem já comprou, o sentimento geral é de grande satisfação, principalmente pelo custo-benefício. Muitos relatam que o produto superou as expectativas, entregando exatamente a diversão nostálgica que procuravam. A facilidade de instalação é o ponto mais elogiado, com pais e mães dizendo que conseguiram ligar e usar em menos de cinco minutos, para a alegria das crianças (e deles mesmos). A quantidade de jogos, embora às vezes repetida, é vista como um oceano de possibilidades para explorar.
Comprei sem muita expectativa, só pra matar a saudade. Quando liguei na TV e vi a lista de jogos, parecia que eu tinha voltado pra minha adolescência. Mostrei Super Mario pro meu filho de 8 anos e ele adorou! Os controles são simples, mas respondem bem. Foi o melhor dinheiro que gastei em entretenimento pra família este ano.
Roberto Almeida
Eu e meu marido queríamos algo pra jogar juntos nos fins de semana, mas sem gastar uma fortuna num console novo. Esse stick foi perfeito. A gente passa horas jogando os clássicos de luta e corrida. É muito fácil de levar pra casa de amigos também. Já virou atração principal nos nossos encontros.
Juliana Santos
Minha experiência real com o Videogame Stick
Vamos ao que interessa: a minha análise depois de usar o produto intensivamente. A caixa é simples e vem com o essencial: o stick (que parece um Chromecast maior), dois controles, o receptor USB para os controles, um cabo extensor de HDMI (muito útil para TVs na parede) e o cabo de alimentação USB. A primeira impressão é de que tudo é muito leve, especialmente os controles. Eles funcionam com duas pilhas AAA cada um, que não vêm inclusas.
A instalação foi exatamente como prometido: ridiculamente fácil. Conectei o stick na porta HDMI da TV, liguei o cabo USB em uma das portas da própria TV para fornecer energia e pronto. Ao ligar a televisão e selecionar a entrada HDMI correta, a tela de menu do console apareceu em menos de 10 segundos. Os controles já vieram sincronizados, então foi só colocar as pilhas e começar a navegar.
A interface é funcional. Não é a mais bonita do mundo, mas é direta. Você tem uma lista de emuladores e, ao entrar em cada um, vê a lista de jogos. E que lista! Rolar por ela é uma viagem no tempo. Eu fui direto testar os clássicos que marcaram minha vida. Comecei com Super Mario World do Super Nintendo. O jogo carregou rápido e a jogabilidade estava perfeita. Os controles, apesar de leves, responderam bem aos comandos precisos que o jogo exige. O som, as cores, tudo estava lá, exatamente como na memória.
Depois, pulei para o Mega Drive para uma partida de Sonic the Hedgehog. Novamente, a experiência foi impecável. A velocidade do jogo foi emulada corretamente, sem engasgos ou atrasos nos comandos. Decidi então testar o modo multiplayer. Chamei minha esposa para jogar Street Fighter II, e foi aí que o aparelho brilhou. Em minutos, estávamos trocando “hadoukens” no sofá, e os controles sem fio deram total liberdade. Não notei nenhum tipo de interferência ou lag entre os dois controles funcionando ao mesmo tempo.
A verdadeira prova de fogo, para mim, seriam os jogos de PlayStation 1. Carreguei Crash Bandicoot e ele rodou muito bem, com gráficos e sons fiéis ao original. Em seguida, testei Tekken 3, um jogo que exige mais do hardware. Aqui, notei uma leve queda na taxa de quadros em momentos de muita ação. Não chegou a atrapalhar a jogatina, mas um jogador mais exigente perceberia a diferença em relação ao console original. Isso me mostrou que o forte do stick são os jogos 2D da era 8 e 16-bits, enquanto os jogos 3D do PS1 são um bônus interessante, mas não perfeito.
A função de salvar o jogo é um dos melhores recursos. Em qualquer momento, você pode apertar “Select + Start” para abrir um menu e salvar seu progresso. Isso é fantástico para jogos longos de RPG ou para quando você precisa parar de jogar de repente. Testei com Chrono Trigger e funcionou perfeitamente, permitindo que eu voltasse exatamente de onde parei.
Pontos de atenção
Nenhuma análise honesta estaria completa sem falar dos pontos que poderiam ser melhores. Embora a experiência geral seja muito positiva, existem detalhes que você precisa saber antes de comprar. O principal deles é a organização da biblioteca de jogos. Com mais de 10.000 títulos, encontrar um jogo específico pode ser uma tarefa demorada. Existem muitos jogos repetidos (versões de diferentes regiões, por exemplo) e títulos asiáticos obscuros no meio dos clássicos. A função de busca ajuda, mas você precisa saber o nome exato do jogo.
Outro ponto são os próprios controles. Eles cumprem sua função, são responsivos e a ausência de fios é ótima. No entanto, a qualidade do material é básica. São feitos de um plástico leve e não passam a mesma sensação de robustez de um controle de um console moderno. Para sessões casuais, são mais do que suficientes, mas se você é um jogador que se importa com a pegada e o peso do controle, pode sentir a diferença.
- Organização da lista de jogos: A biblioteca é gigante, mas confusa, com muitos jogos duplicados e títulos pouco conhecidos misturados. Achar um favorito pode exigir paciência.
- Qualidade dos controles: Funcionam bem, mas são de plástico leve e usam pilhas AAA (não inclusas), o que pode não agradar a todos os jogadores.
- Desempenho em jogos 3D: A emulação de jogos de PlayStation 1 é funcional, mas títulos mais pesados podem apresentar pequenas quedas de performance. Não espere a mesma fluidez de um console original.
Apesar desses pontos, é crucial colocar tudo em perspectiva. Estamos falando de um produto com um custo extremamente acessível que entrega uma biblioteca de jogos que, anos atrás, custaria uma fortuna para ser montada. As pequenas falhas na organização ou no desempenho de jogos mais complexos são, na minha opinião, um pequeno preço a pagar pela conveniência e pela diversão quase infinita que ele oferece. Para o público a que se destina – famílias, jogadores casuais e nostálgicos –, os benefícios superam em muito essas questões.
Perguntas frequentes
O Videogame Stick funciona em qualquer televisão?
Sim, ele funciona em praticamente qualquer TV moderna, monitor ou projetor que tenha uma entrada HDMI. Ele também precisa de uma porta USB para alimentação, que a maioria das TVs atuais já possui. Caso a sua não tenha, você pode usar um carregador de celular comum.
É possível salvar o progresso nos jogos do Videogame Stick?
Sim, o sistema possui uma função de “save state”. Isso significa que você pode salvar o jogo a qualquer momento, mesmo que o jogo original não tivesse essa opção, e voltar exatamente de onde parou. Geralmente, o comando para acessar o menu de salvar e carregar é apertar os botões “Select” e “Start” ao mesmo tempo.
Os controles do Videogame Stick usam pilha ou bateria recarregável?
Os dois controles sem fio que acompanham o produto funcionam com duas pilhas AAA cada um. As pilhas não estão inclusas na caixa, então é importante tê-las em mãos para começar a jogar. O consumo de energia é baixo, e um bom par de pilhas alcalinas deve durar por muitas horas de jogo.
Eu preciso de conexão com a internet para usar o Videogame Stick?
Não. Todos os jogos já vêm pré-carregados no cartão de memória que acompanha o stick. Você não precisa de internet para instalar, atualizar ou jogar. É uma experiência totalmente offline, focada na simplicidade de plugar e jogar.
É possível adicionar mais jogos ao Videogame Stick?
Sim, tecnicamente é possível. O aparelho utiliza um cartão microSD para armazenar os jogos. Usuários com conhecimento técnico podem remover o cartão, conectá-lo a um computador e adicionar outros jogos (ROMs) compatíveis com os emuladores do sistema. No entanto, esse processo não é oficialmente suportado pelo fabricante e pode exigir alguma pesquisa para ser feito corretamente.